Mato Grosso – Produtores rurais do estado comemoraram a suspensão da Moratória da Soja, anunciada na segunda-feira 18 de agosto pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE). A medida tem efeito imediato e derruba um acordo que estava em vigor desde 2008.
A moratória proibia a compra de soja cultivada em áreas desmatadas da Amazônia após aquele ano — mesmo quando o desmate tinha autorização legal. Além disso, segundo o CADE, havia indícios de prática anticompetitiva, já que o mecanismo funcionava como um “cartel de compra”.
Por essa razão, além de abrir processo administrativo, o órgão proibiu que as entidades signatárias continuem a coletar ou compartilhar relatórios, auditorias e listas ligadas ao acordo.
Empresas e entidades afetadas
Entre as instituições e empresas atingidas pela decisão estão a Abiove (Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais), a Anec (Associação Nacional dos Exportadores de Cereais) e mais de 30 multinacionais, como ADM, Bunge, Cargill, Louis Dreyfus e Amaggi. Portanto, o impacto será amplo em todo o setor.
Repercussão no agronegócio
A Aprosoja-MT classificou a decisão como um marco histórico em defesa da livre concorrência e da produção legal. Dessa forma, a entidade afirma que a medida reforça a segurança jurídica para agricultores que cumprem o Código Florestal.
A deputada estadual Janaina Riva (MDB) também celebrou a suspensão em vídeo gravado na sede da Aprosoja, em Cuiabá. Segundo ela, a decisão respeita o produtor que cumpre a lei e trabalha dentro das regras ambientais:
“A decisão traz legalidade para o produtor que está no campo, respeitando o nosso Código Florestal brasileiro.”
Apoio de entidades rurais
A CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil) e a Famato (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso) também apoiaram a medida. Na visão dessas entidades, a moratória criava barreiras comerciais injustas e prejudicava produtores que atuam dentro da lei.
Assim, para ambas, a decisão do CADE representa um avanço importante para o agronegócio brasileiro e fortalece a previsibilidade para quem investe na produção.



Reflexos em Boa Esperança do Norte
A suspensão da moratória também impacta produtores de Boa Esperança do Norte, já que muitos dependem do comércio da soja para sustentar suas famílias. Enquanto isso, cresce a expectativa de novos investimentos na região.
Por fim, entidades locais acreditam que a medida pode gerar empregos e renda, aumentando as oportunidades para a comunidade. Dessa forma, Boa Esperança do Norte acompanha com atenção os próximos desdobramentos.

