Mato Grosso – O pedido de cassação do prefeito Abilio Brunini (PL), feito por dois suplentes do PT na terça-feira 26 de agosto, causou forte reação entre os aliados do gestor. A base do prefeito considerou a proposta exagerada e sem chances de avançar na Câmara Municipal.
Além disso, os vereadores governistas afirmam que a iniciativa representa apenas uma tentativa de “terceiro turno” das eleições. Por isso, acreditam que a Câmara vai rejeitar o pedido, já que Brunini conta com a maioria dos votos.
Entenda o motivo do pedido de cassação
Robinson Cireia e Léo Rondon, suplentes do Partido dos Trabalhadores, apresentaram o requerimento. Segundo eles, o prefeito desrespeitou adolescentes ao expô-los nas redes sociais.
O caso aconteceu em 14 de agosto, na Escola Estadual Alice Fontes Pinheiro. Durante uma visita, Abilio Brunini gravou um vídeo em que critica estudantes que fizeram o gesto “L”, símbolo do presidente Lula (PT). Logo após, ele publicou o vídeo em suas redes sociais.
Acusações envolvem bullying e desrespeito ao ECA
Os autores do pedido afirmam que o prefeito violou o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Eles também acusam Brunini de praticar cyberbullying, o que contraria o Código Penal. Além disso, alegam que o prefeito quebrou o decoro, com base no decreto-lei 201/1967.
Por isso, eles exigem que a Câmara abra uma Comissão Processante para investigar o caso.
Presidente do PL chama pedido de “peça fictícia”
Para Ananias Filho, presidente do PL em Mato Grosso, o pedido não tem base legal. Ele disse que o PT tenta enganar a opinião pública e criar uma narrativa falsa.
“Não vejo nenhuma chance disso avançar. É uma manobra política de quem perdeu a eleição”, declarou.
Além disso, Ananias afirmou que o PT está “brincando” com um instrumento jurídico sério, como o impeachment.
“Vamos apresentar uma defesa tranquila. Temos certeza de que o pedido não faz sentido”, completou.
Vereador Dilemário Alencar também critica
Dilemário Alencar, líder do prefeito na Câmara, também se manifestou. Ele acusou o PT de não aceitar a derrota nas urnas.
“Eles querem criar um terceiro turno. Nunca vi o partido se posicionar contra temas graves, como danças impróprias em sala de aula. Agora querem atacar uma gestão que está resolvendo os problemas da cidade”, declarou.
Dilemário concluiu dizendo que a base de apoio ao prefeito está pronta para enfrentar essa tentativa.
E agora? Entenda os próximos passos
A Procuradoria da Câmara vai analisar o pedido de cassação. Se aprovar, os vereadores votarão a abertura do processo. No entanto, como o prefeito tem ampla base de apoio, a maioria espera que os parlamentares arquivem a iniciativa.