Região – A Justiça de Paranatinga ordenou que 30 famílias deixassem o Assentamento Apronorte. A reintegração de posse ocorreu na sexta-feira 3 de dezembro, com apoio da Polícia Militar. O local fica a 6 km de Santiago do Norte e a 130 km de Boa Esperança do Norte.
Famílias viviam da terra há 9 anos
Essas famílias moravam no local desde 2014. Durante esse tempo, cultivaram mandioca, batata, maracujá, abacaxi, abóbora e melancia. Parte da produção era consumida pelas próprias famílias. O restante era vendido nas feiras da região.
A agricultura familiar representava a única fonte de sustento de todos ali.
Agricultores questionam regularização de terra
Os moradores afirmam que o Incra regularizou os lotes com documentos. Apesar disso, a Justiça concluiu que a área havia sido grilada no passado e ordenou a saída imediata das famílias.
O assentamento possuía 20 lotes, com 16 hectares cada. Um caminhão ajudou a transportar os pertences das famílias.
Despejo provoca tristeza e sensação de abandono
O clima era de revolta e desespero. Uma das lideranças questionou: “Cadê a Defesa Civil?”. Outra moradora protestou: “É uma grande covardia o que está sendo feito pela Justiça de Paranatinga”.
Todas as famílias são de baixa renda. Agora, enfrentam a dura realidade de estar sem casa, sem renda e sem apoio.





Comunidade pede socorro urgente das autoridades
As famílias atingidas seguem em busca de ajuda. Precisam de moradia, alimento e apoio para reconstruir suas vidas. Elas pedem atenção urgente dos órgãos públicos.
O Jornal da Boa Esperança tenta ouvir a pessoa apontada como dona da terra, além do juiz que assinou a decisão. Também buscamos a base legal usada no processo.
Boa Esperança do Norte sente os reflexos
Apesar de o despejo ocorrer em Paranatinga, Boa Esperança do Norte também sofre as consequências. Várias famílias vendiam seus produtos nas feiras da cidade e região, fortalecendo a economia local.
Por isso, é essencial que a comunidade se mobilize. O destino de trabalhadores rurais honestos está em jogo.

