Boa Esperança do Norte – No último domingo 9 de fevereiro, a Polícia Militar (PM) registrou um ataque de dois cachorros da raça pit bull a um animal de pequeno porte. O caso aconteceu perto da Unidade de Saúde PSF V, na Avenida das Bromélias, esquina com a Rua dos Cedros.
O que aconteceu?
De acordo com o boletim de ocorrência, os dois pit bulls – um adulto e um filhote – atacaram um cachorro menor, que ficou ferido.
Além disso, uma moradora da cidade, dona do animal ferido, afirmou que pretende acionar a justiça contra o dono dos cães.
O que diz a pessoa dona dos Pit Bulls?
O Jornal da Boa Esperança entrou em contato com a pessoa responsável pelos cães para ouvir seu lado da história. Ela explicou que sua cadela fugiu de casa por um descuido.
“Ela escapou do pátio compartilhado onde moro. Naquele momento, corri atrás dela, mas não consegui alcançá-la. Depois, voltei para buscar um carro e procurar, mas, quando finalmente a encontrei, a tragédia já tinha acontecido”, relatou.
Além disso, a pessoa tutora dos cães afirmou que sempre cuida bem dos animais. No entanto, reconhece que o incidente foi grave e lamenta o ocorrido.
“Infelizmente, isso aconteceu. Peço desculpas à dona do animal [ferido] e à comunidade. No entanto, quero deixar claro que já estou tomando todas as providências. A cadela está sendo medicada e recebendo atendimento veterinário”, declarou.
Quais são as consequências jurídicas?
Diante da repercussão do caso de ataque de pit bull, o Jornal da Boa Esperança conversou com o advogado Sérgio Heming Júnior para esclarecer as implicações legais do ocorrido.
Segundo ele, o dono do animal é responsável pelos danos causados, salvo em casos de culpa exclusiva da vítima ou força maior.
“O tutor pode ser obrigado a pagar indenização por danos morais, materiais e estéticos. Além disso, dependendo da gravidade do caso, pode responder criminalmente por lesão corporal ou até mesmo homicídio”, explicou o advogado.
Ainda segundo o especialista, os danos materiais incluem despesas médicas e veterinárias. Já os danos morais e estéticos podem ser avaliados caso a vítima ou seu animal tenham sofrido impacto emocional ou físico relevante.
Portanto, é fundamental que os tutores de cães de grande porte adotem medidas preventivas para evitar novos incidentes.
Cães que exigem cuidados especiais
Além do pit bull, algumas raças necessitam de atenção especial por causa da força, energia e instinto protetor. Embora nenhuma raça seja agressiva por natureza, algumas possuem características que exigem treinamento e socialização adequados.
Raças que precisam de mais atenção
- Rottweiler → Forte e protetor. Exige treinamento desde cedo.
- Dobermann → Inteligente e leal, mas precisa de atividade física e mental.
- Fila Brasileiro → Excelente cão de guarda, mas desconfiado com estranhos.
- Mastim Napolitano → Muito forte, indicado para tutores experientes.
- Pastor Alemão → Inteligente e treinável, precisa de estímulos constantes.
- Husky Siberiano → Energético e teimoso, pode ser destrutivo se entediado.
- Akita Inu → Independente e reservado, exige socialização intensa.
- Chow Chow → Teimoso e territorialista, precisa de paciência no treinamento.
- Boxer → Brincalhão e forte, pode ser desajeitado com crianças pequenas.
- Cane Corso → Grande e musculoso, requer socialização para evitar agressividade.
Conclusão
Diante do ocorrido, fica claro que o ambiente, a criação e o treinamento fazem toda a diferença no comportamento dos cães. Por isso, se você tem um animal de grande porte, garanta que ele esteja bem treinado e socializado para evitar acidentes.
Além disso, é essencial que os tutores sigam as regras de segurança, como manter os cães dentro de casa, usar coleira e guia ao sair e, quando necessário, adotar o uso de focinheira.
Afinal, a segurança dos moradores e dos próprios animais deve sempre vir em primeiro lugar.