Boa Esperança do Norte – O grupo Mães Atípicas se reuniu na última terça-feira 28 de janeiro com vereadores locais para discutir melhorias na assistência a crianças e jovens com “necessidades especiais”. O encontro aconteceu na Escola Municipal e contou com a presença dos vereadores Olenil Lino, Professor Wellington, Professora Daniely Peters e Rayara Faleiro.
As mães relataram dificuldades no acesso a tratamentos especializados. Além disso, um dos maiores desafios é a falta de transporte até Sorriso, cidade vizinha com atendimento especializado.
Propostas para fortalecer a assistência
A vereadora Rayara Faleiro ressaltou a importância de ouvir as famílias e entender suas necessidades. Por isso, uma das sugestões discutidas foi a criação de uma associação para representar as demandas das pessoas com deficiência na cidade.
“Ouvimos as mães e suas dificuldades. Entre as principais demandas, está a necessidade de acesso a especialistas, como neuropsicólogos e psicopedagogos”, afirmou o vereador Professor Wellington. Além disso, os participantes também discutiram questões relacionadas a jovens e adultos com autismo. Dessa forma, a expectativa é que o município avance nessas pautas.
A vereadora Daniely Peters destacou que o município precisa se estruturar melhor para atender essas necessidades. Assim, a população terá um atendimento mais eficiente. “Nosso objetivo é melhorar a qualidade de vida dessas crianças e suas famílias”, enfatizou.
Famílias esperam avanços
Eliane, mãe do menino Lucas, de 6 anos, reconheceu o esforço dos vereadores. “Conversando com outras mães, percebi que não sou a única que enfrenta essas dificuldades. Essa reunião nos dá esperança de melhorias”, afirmou.
Outro encaminhamento do encontro foi a organização de visitas dos vereadores a projetos de referência em Lucas do Rio Verde. Assim, os representantes poderão conhecer boas práticas e adaptá-las para Boa Esperança.
Expansão do debate para mais comunidades
A vereadora Joana, mesmo não presente nesta primeira reunião, pretende organizar uma nova reunião no distrito de Água Limpa para ampliar a discussão sobre o tema. Da mesma forma, em Piratininga, a vereadora Rayara Faleiro se comprometeu a conduzir um encontro com as famílias locais. Com isso, mais pessoas poderão participar e contribuir para soluções eficazes.
Uso correto da terminologia
De acordo com a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Lei nº 13.146/2015), a expressão correta é “pessoa com deficiência” (PcD), pois prioriza a identidade da pessoa antes da condição. Portanto, termos como “portador de deficiência” ou “necessidades especiais” devem ser evitados, pois podem sugerir que a deficiência é algo temporário ou excepcional.
O uso adequado da linguagem garante respeito, inclusão e dignidade a todas as pessoas. Assim, a comunicação se torna mais acessível e empática. Há o entendimento também de que se deve respeitar o modo como as pessoas querem ser chamadas.