Boa Esperança do Norte – Apesar de recente lei aprovada na Câmara Municipal de Vereadores que permite o poder executivo remanejar 45% do orçamento da cidade sem passar pelo crivo dos vereadores, uso de verba gera polêmica entre vereadora Joana D’arc de Azevedo (DC) e o secretário municipal de Saúde Silvio André Stolfo.
Vereadora e secretário entraram em conflito sobre o uso de uma emenda parlamentar de R$ 100 mil destinada ao distrito de Água Limpa.
Segundo Joana, o recurso, obtido por ela e pela Bancada da Esperança junto ao deputado Fabinho, integraria o orçamento da saúde do município podendo ser usado para comprar equipamentos de fisioterapia para atender a comunidade local.
Vereadora cobra clareza sobre compra de equipamentos
Na última quarta-feira 8 de outubro, a vereadora publicou um vídeo nas redes sociais pedindo transparência no uso do dinheiro público. Ela afirmou que o secretário Stolfo destinaria a emenda para pagar salários de servidores da saúde, e não daria solução para a compra dos equipamentos prometidos.
“Essa emenda foi destinada exclusivamente para aquisição dos equipamentos de fisioterapia. A comunidade de Água Limpa merece respeito e clareza sobre o destino do dinheiro”, disse Joana.
A vereadora reforçou que a população do distrito espera melhorias no atendimento de fisioterapia e pediu que a prefeitura respeite o propósito original da emenda.
Secretaria de Saúde aponta impasse no uso de verba parlamentar
No dia seguinte, 9 de outubro, o secretário de Saúde respondeu em seu perfil no Instagram. Sem citar nomes, ele explicou que o recurso é de custeio para média e alta complexidade, o que não permitiria a compra de equipamentos.
Stolfo criticou o uso das redes sociais por parte da vereadora para tratar do tema. Entretanto, o secretário municipal não apresentou uma alternativa para garantir os equipamentos de fisioterapia na Água Limpa.
Joana reforça pedido e apresenta argumentos sobre verba da saúde
Em nova publicação no instagram, Joana apresentou uma nota técnica e defendeu que o recurso da emenda poderia ajudar a liberar o orçamento municipal, permitindo o uso de verbas próprias para comprar os equipamentos.
“A Câmara autorizou o prefeito a remanejar até 45% do orçamento. Não usar R$ 100 mil para isso [compra de equipamentos de fisioterapia] é falta de prioridade, ainda mais com R$ 20 milhões em caixa”, afirmou a vereadora.
População de Água Limpa espera solução
O caso revela uma falta de consenso dentro da gestão Calebe, e mostra como questões políticas e técnicas se misturam nas decisões sobre a saúde pública.
Enquanto a vereadora cobra ação imediata, a Secretaria de Saúde é cobrada por soluções concretas. A comunidade da Água Limpa, por sua vez, segue aguardando os equipamentos de fisioterapia que podem melhorar o atendimento local e a qualidade de vida de muitos moradores.

