Mato Grosso – O governador Mauro Mendes (União Brasil) fez críticas duras ao Congresso Nacional. Durante entrevista, ele chamou a chamada PEC da Blindagem de “vergonha” e “afronta à Constituição”. Ao mesmo tempo, defendeu o debate sobre a PEC da Anistia, apesar das polêmicas.
Mendes acusa esquerda de hipocrisia
Para Mendes, é “hipocrisia da esquerda” criticar a anistia. Segundo ele, no passado, pessoas ligadas à esquerda também foram perdoadas por crimes graves.
“Já anistiaram torturadores, sequestradores e até ladrões de banco. Agora, querem condenar de forma pesada quem errou em 8 de janeiro?”, questionou o governador.
Atos de 8 de janeiro e comparação com o MST
Mauro Mendes afirmou que os atos de 8 de janeiro foram errados e ilegais. No entanto, ele considerou as punições exageradas em comparação a outros casos semelhantes.
“Errado é quebrar patrimônio público. Porém, o MST já fez isso várias vezes e não vi ninguém pegando 14 ou 17 anos de cadeia”, disse.
Além disso, ele destacou que discutir a dosimetria das penas — ou seja, o peso das punições — é algo necessário e justo.
Contra a proteção a parlamentares
Sobre a PEC da Blindagem, que busca proteger parlamentares em processos judiciais, Mendes foi direto:
“Sou totalmente contra. Afinal, ninguém deve estar acima da lei. Todos somos iguais, está na Constituição.”
Ainda segundo ele, o Congresso está “na contramão da população” ao propor esse tipo de proteção.
Debate deve ser transparente e justo
Para o governador, o importante é que o debate sobre anistia e punições aconteça de forma justa, sem interesses políticos. Por isso, ele acredita que a sociedade precisa participar dessas discussões e que os políticos devem ouvir a população.

