Boa Esperança do Norte – A história contada de hoje começa com um aviso público curioso: o cronista anda sonhando além da conta. Ou, se preferir, pensando em voz alta. No centro desses devaneios está uma Boa Esperança harmônica, onde os conflitos sociais e políticos parecem ter tirado férias.
A cena inicial é íntima. O cronista – confessa – sonha em ouvir sua musa inspiradora lendo um trecho de O Futuro da Humanidade, de Augusto Cury. A leitura foi tão poderosa que sacudiu os bastidores do Jornal da Boa Esperança. Tudo começou quando o titular desta coluna respondeu – sem medo de ser feliz – a uma enquete nas redes sociais, e a direção do jornal descobriu, com surpresa, a indicação do autor. Por aqui, até pouco tempo, Cury era visto como sinônimo de “autoajuda”. Mas vindo da musa, o livro ganhou outro peso.
Aliás, essa história daria outra crônica. Quem sabe na próxima?
Hoje, o cronista sonha com gestão pública eficiente em nosso cenário de mundo. Ele imagina uma Boa Esperança onde políticas públicas funcionam como engrenagens bem azeitadas: com respeito, transparência e diálogo com todos os setores da sociedade.
Porque, no fim das contas, o poder público deve servir ao povo. E a imprensa livre tem o dever de informar com responsabilidade, sendo a voz da comunidade.
Nesse sonho acordado:
- Todas as ruas estão pavimentadas.
- O saneamento básico é realidade em todos os cantos.
- Não existem filas por vagas em creches.
- As estradas rurais resistem ao tempo sem manutenção semanal.
Nesse cenário, até o Passarinho – que andava sumido – volta a circular, espalhando novidades sem precisar virar notícia. E aquele famoso vereador residente na Piratininga segue cobrando melhorias nas estradas, com seu já tradicional “Primeiro, quero agradecer a Deus…”. Aliás, o cronista soube de uma pescaria que rolou por aquelas bandas. Dizem que um diretor de jornal, amigo do povo, também é bão de fisgada! Sonho de pescaria?
Voltando à realidade, novamente. Por mais que tentemos ver Boa Esperança com otimismo, é difícil ignorar: algumas autoridades parecem mais preocupadas com a própria imagem do que com o bem coletivo. O povo, nesse momento, parece ter sido deixado em segundo plano.
A “Crônica dos Sonhos” termina, mas deixa um convite:
O que ainda é sonho? O que já pode – ou precisa – virar realidade? E o que já passou da hora de mudar?
Nos vemos na próxima crônica. Até breve, gente pensante, pescadora ou sempre de plantão!
Cronista da Boa Esperança