Boa Esperança do Norte – A temática da transparência na Câmara Municipal dominou a sessão ordinária do dia 24 de março. O debate foi acalorado entre os vereadores das bancadas “União e Desenvolvimento” e “Bancada da Esperança”.
A sessão começou com a leitura das indicações e, em seguida, avançou para o “grande expediente”. Durante essa fase, os vereadores Marcão de Boa Esperança (MDB), Emerson Cervi (União) e Rayara Faleiro (PL), da Bancada da “União e Desenvolvimento”, que compõe a maioria da casa, defenderam a atuação da Câmara e sua direção. Além disso, enfatizaram a importância da ética e da transparência nos processos legislativos. Dessa maneira, reforçaram o compromisso com a legalidade.
Acusações sobre falta de transparência
A discussão surgiu após críticas feitas pela vereadora Professora Daniely na sessão anterior, no dia 10 de março. Segundo ela, o presidente da Câmara, Marcão, retirou um projeto de sua autoria da pauta sem justificativa. O texto, apresentado em 29 de janeiro, não chegou a ser lido no plenário nem enviado às comissões para análise. No lugar, outra proposta semelhante foi apresentada por um autor diferente.
Além disso, Daniely também apontou falhas na tramitação de projetos. Por exemplo, alguns textos não passariam pelo plenário para leitura, enquanto outros iriam direto para votação sem a análise das comissões. Dessa forma, a vereadora criticou a falta de clareza nos processos internos e o descumprimento do artigo 79 do Regimento Interno. Como resultado, segundo ela, há prejuízo na transparência das decisões.
Vereadores governistas rebatem críticas
Diante das acusações, os vereadores da base do prefeito Calebe Francio responderam com discursos formais. Emerson Cervi, conhecido como Pepe da Piratininga, negou que a mesa diretora promova reuniões fechadas e defendeu a legalidade dos procedimentos. Além disso, ele ressaltou que todas as decisões seguem os trâmites necessários. Portanto, para ele, as acusações não têm fundamento.
Por sua vez, Rayara Faleiro afirmou que a Câmara é alvo de ataques injustos e ressaltou que o Legislativo atua com ética e portas abertas. Enquanto isso, Wellington Paduan (União) também se pronunciou, classificando as críticas como “acusações infundadas”. Segundo ele, os projetos seguem rigorosamente os trâmites legais, garantindo transparência em todas as etapas. Dessa forma, ele reforçou que o compromisso com a legalidade se mantém.
Professora Daniely reafirma denúncias
Apesar das respostas da bancada governista, ao final da sessão, Daniely voltou à tribuna para reforçar suas críticas. Ela destacou que as sessões possuem gravações e órgãos como o Ministério Público estão acompanhando os debates. Além disso, a vereadora defendeu o cumprimento estrito do Regimento Interno e cobrou maior clareza nos processos legislativos. Assim, argumentou que medidas precisam ser tomadas para garantir mais transparência.
A reportagem do Jornal da Boa Esperança procurou os vereadores da base governista. No entanto, apenas Rayara Faleiro comentou o caso. Segundo ela, “as acusações são infundadas” e a bancada precisou se posicionar para esclarecer os fatos. Além disso, reforçou que o grupo trabalha para garantir a união entre vereadores e a população. Por fim, destacou que a Câmara mantém o diálogo aberto com todos.