Boa Esperança do Norte – O prefeito de Sorriso, Alei Fernandes, sancionou no dia 6 de março a Lei Complementar n.º 458, que reduz em quase 50% as bolsas de estágio pagas pelo município. A proposta, enviada pelo próprio prefeito, passou na Câmara por 7 votos a 3.
Como consequência, 34 estagiários que atuam na educação básica de Boa Esperança do Norte enfrentarão dificuldades diretas. Além disso, a cidade ainda depende do apoio financeiro de Sorriso, que mantém os pagamentos sob sua responsabilidade. Com a redução, muitos estagiários terão problemas para custear estudos e transporte. Dessa forma, a decisão impacta diretamente a qualidade de vida desses jovens.
Escola Municipal Boa Esperança pode perder suporte
A Escola Municipal Boa Esperança sofrerá grandes impactos. Atualmente, 46% dos profissionais em sala de aula são estagiários. Eles auxiliam professores e dão suporte a alunos com necessidades especiais. Portanto, sem esse apoio, a qualidade do ensino pode cair significativamente.
A prefeitura de Sorriso justificou o corte alegando a necessidade de equiparar as bolsas com as de outras cidades. No entanto, essa decisão ignora o impacto para os estudantes e professores que dependem desses profissionais. Por isso, há uma grande preocupação entre os educadores.
Vereadores buscam solução para evitar prejuízo
Diante da crise, a Bancada da Esperança – formada pelos vereadores Izaqueu de Andrade, Professora Joana, Sidiney Piratininga e Professora Daniely Peters – apresentou um pedido na Câmara de Boa Esperança do Norte no dia 18 de fevereiro. O objetivo é encontrar soluções para manter os estagiários e, assim, garantir a qualidade da educação.
A vereadora Daniely Peters alertou para um caso preocupante: “Um dos estagiários acompanha o aluno Lucas, de cinco anos, cadeirante. Ele precisa desse suporte durante as aulas. Sem o estagiário, sua inclusão e aprendizado ficam comprometidos.” Esse é apenas um dos muitos casos que reforçam a necessidade desses profissionais na educação municipal.
Pais, professores e alunos demonstram extrema preocupação com o futuro da educação na cidade. Agora, resta aguardar as medidas das autoridades locais. Enquanto isso, a comunidade segue mobilizada em busca de soluções para evitar um prejuízo ainda maior.
(Com informações do site JK Notícias)