Boa Esperança do Norte — As fortes chuvas e as estradas em más condições colocam em risco a colheita de grãos no Mato Grosso em 2025. Portanto, o produtor rural Antônio Galvan, ex-presidente da Aprosoja-MT e da Aprosoja Brasil, faz um alerta sobre os desafios enfrentados pelos agricultores da região. Dessa forma, é essencial discutir soluções para minimizar os impactos.
Chuvas atrapalham a colheita no Mato Grosso
A soja, principal cultura do estado, é uma das mais afetadas. “Nossa preocupação é que choveu muito no início da colheita, até por volta de 20 de janeiro. Depois disso, as chuvas diminuíram. No entanto, ainda temos problemas para escoar a safra”, disse Galvan em entrevista ao Jornal da Boa Esperança. Por isso, os produtores seguem atentos para evitar maiores prejuízos.
Rodovias em mau estado dificultam transporte
Outro grande problema apontado por Galvan é a infraestrutura das estradas. Em suas visitas pelo estado, ele percebeu diferenças entre os municípios. Por um lado, alguns gestores conseguiram manter as estradas em condições aceitáveis. Por outro lado, em várias regiões, a situação é crítica. “Muitas estradas municipais e estaduais não pavimentadas são um verdadeiro desafio para os produtores”, alertou. Dessa maneira, o escoamento da safra continua sendo um grande obstáculo.
A MT-322, rodovia essencial para o transporte de grãos, está entre as mais afetadas. Além disso, estradas como a MT-488, que dá acesso a Nova Maringá, e as rodovias federais BR-163 e BR-364, também apresentam problemas. Em vários trechos, o asfalto está deteriorado. Além disso, até rodovias recém-pavimentadas já mostram falhas, o que agrava a situação dos transportadores.
Frequentes atoleiros em Boa Esperança do Norte
Os problemas citados por Galvan também refletem a realidade de Boa Esperança do Norte. Recentemente, o Jornal da Boa Esperança destacou os atoleiros causados pelas chuvas intensas. Motoristas e produtores rurais enfrentam dificuldades para trafegar, especialmente na zona rural. Além disso, trechos alagados e escorregadios aumentam o risco de atolamentos. Muitas vezes, os próprios produtores precisam mobilizar tratores para retirar veículos presos na lama. Por isso, é fundamental que o poder público atue rapidamente para minimizar esses problemas.
Falta de armazéns agrava a situação
Além das estradas ruins, a falta de armazéns adequados complica ainda mais a vida dos produtores. “Muitos municípios não têm estrutura suficiente para guardar a safra. Isso significa que os grãos podem se perder e, consequentemente, os produtores saem no prejuízo”, explicou Galvan. Dessa forma, garantir espaços adequados de armazenamento se torna essencial para evitar desperdícios e prejuízos.
Ele fez um apelo ao poder público. “Precisamos que o governo e as prefeituras tomem providências urgentes. Caso contrário, sem armazéns e com estradas ruins, a produção perde valor. Isso prejudica não apenas o produtor, mas também toda a economia do estado”, reforçou. Portanto, investir em infraestrutura deve ser uma prioridade.
Agricultura é essencial para Boa Esperança do Norte
Galvan destacou que a agricultura é o motor da economia local. “A colheita precisa ser feita no tempo certo, sem atrasos. Como o clima melhorou, agora precisamos de estradas seguras para escoar a produção”, disse ele. “Se todos se unirem – produtores, prefeituras e governo – certamente garantiremos um futuro melhor para o agronegócio”, concluiu. Dessa maneira, o desenvolvimento da região pode ser fortalecido a longo prazo.
